Máscara de CPAP: como driblar os problemas na adaptação?

Como driblar problemas comuns na adaptação às máscaras de CPAP?

O mercado oferece diversos tipos de máscaras voltadas ao tratamento da apneia obstrutiva do sono (AOS). A escolha do modelo mais adequado deve levar em conta características individuais, como sensação de claustrofobia, formato do rosto e preferências pessoais, além de hábitos de sono (como, por exemplo, posicionamento durante o sono).

Considerar esses aspectos é essencial para proporcionar mais conforto ao paciente durante o uso da máscara e, assim, aumentar a efetividade da terapia com o CPAP.¹ Entretanto, alguns pacientes enfrentam dificuldades ao iniciar o uso do CPAP, por queixa da máscara (desconforto, ajuste ou tamanho inadequado, entre outros).

Para te ajudar na escolha da máscara de CPAP, nós, do Blog da Resmed, reunimos as situações mais comuns que podem afetar o conforto com este acessório e mostramos como superá-las com algumas boas práticas.

Continue a leitura e confira!

Veja também - Máscaras para CPAP: quais os melhores tipos para quem dorme de lado?

Quais são os principais modelos de máscaras de CPAP?

A máscara é uma peça-chave no tratamento da apneia do sono, já que é por meio dela que o paciente recebe o fluxo de ar do CPAP. É este fluxo de ar que evita que, principalmente a língua, desabe sobre a passagem de ar, dificultando a respiração durante o sono. Como faz a ligação direta entre o paciente e o equipamento, a máscara tem um forte impacto na eficácia do tratamento e na adaptação à terapia com CPAP.²

De modo geral, existem três modelos principais de máscara de CPAP - cada uma com indicações específicas para diferentes perfis de pacientes:

• Máscaras nasais

  Conhecidas também como máscaras triangulares, cobrem a região do nariz e são indicadas para pessoas que respiram principalmente pelas narinas durante o sono. Representam uma boa escolha para quem não possui bloqueios nas vias nasais e busca uma alternativa mais leve e discreta. Também são recomendadas para quem se movimenta bastante à noite, já que oferecem uma boa estabilidade durante o uso.¹

• Máscaras oronasais

  Esses modelos cobrem ao mesmo tempo o nariz e a boca, sendo ideais para usuários que respiram pela boca enquanto dormem ou apresentam obstruções nasais, importante desvio de septo, rinite ou sinusite. Também são apropriadas para terapias com pressões mais altas, pois reduzem os riscos de vazamento de ar, principalmente pela boca, quando a pressão do CPAP é mais elevada.¹

• Máscaras com almofadas intranasais (também conhecidas como pillows)

  Contam com pequenas pontas que se encaixam diretamente nas narinas (ou uma almofada que encosta levemente na abertura das cavidades nasais), permitindo a passagem direta do ar pressurizado pela entrada do nariz. São indicadas para quem respira apenas pelo nariz, valoriza um design mais discreto e sente desconforto com máscaras maiores. Também são vantajosas para pessoas com barba ou que sentem incômodo com modelos mais fechados.¹

Diante dos diferentes modelos de máscaras de CPAP, fica evidente que a orientação de um profissional de saúde especializado em sono é essencial para avaliar as necessidades individuais e recomendar o tipo mais adequado, garantindo conforto e eficácia no tratamento.

#DicaResmed: você pode encontrar todos os profissionais certificados em sono pela Associação Brasileira de Sono, com seus respectivos contatos e endereços, nesta página: “Profissionais Certificados Medicina do Sono - Associação Brasileira do Sono (absono.com.br)”.

Quais são as dificuldades mais comuns na adaptação às máscaras de CPAP?

Escolher a máscara adequada logo no início do tratamento com CPAP é essencial para facilitar a adaptação e evitar frustrações. Estudos indicam que entre 8% e 15% dos pacientes desistem do uso já na primeira noite, muitas vezes por desconfortos causados pela máscara de CPAP, como falhas na vedação, escape de ar ou sensação de claustrofobia.³

Nesse contexto, entre as principais queixas dos pacientes que fazem uso de uma máscara de CPAP para tratamento da apneia do sono, estão:⁴

• Vazamentos ou ajuste inadequado da máscara;
• Desconforto causado pela pressão do ar através da máscara;
• Nariz entupido causando dificuldade para respirar com a máscara;
• Sensação de claustrofobia durante o uso da máscara.

Como melhorar a adaptação às máscaras de CPAP?

A adesão ao CPAP representa um desafio importante, com mais de 50% dos pacientes abandonando o tratamento no primeiro ano.⁵ Contudo, o uso de estratégias educativas e de suporte tem se mostrado eficaz para aumentar o engajamento e melhorar a adaptação. Resolver os problemas mais comuns relacionados à máscara pode elevar o conforto do paciente e fortalecer sua continuidade na terapia, maximizando os benefícios clínicos.

A seguir, destacamos quatro soluções práticas para as principais dificuldades no uso da máscara de CPAP.

1 - Escolha o modelo de máscara de CPAP ideal

A escolha da máscara de CPAP ideal é um passo fundamental para o sucesso da terapia e deve ser realizada em conjunto com um profissional de saúde especializado em distúrbios do sono. Esse especialista pode avaliar as características individuais do paciente, como formato do rosto, padrão respiratório e possíveis desconfortos, garantindo a seleção do modelo que proporciona melhor ajuste, conforto e eficácia. Adicionalmente, é importante que a máscara seja testada com o equipamento CPAP ligado, para que o paciente perceba como receberá o fluxo de ar com o modelo escolhido.

2 - Utilize umidificação aquecida para mais conforto

O uso da umidificação aquecida é uma medida importante para aumentar o conforto com o uso do CPAP e diminuir sintomas nasais (como ressecamento e obstrução nasal, coriza e sensação de boca e garganta seca).⁶ Ao manter o ar mais úmido e agradável durante a noite, esse recurso contribui para uma experiência mais confortável com a máscara de CPAP, favorecendo a regularidade do tratamento e seus benefícios a longo prazo.

3 - Utilize sua máscara de CPAP em momentos de relaxamento

Um bom treino para adaptação, é utilizar a máscara de CPAP durante o dia, por curtos períodos. Isso ajuda o paciente a se familiarizar com o equipamento e a reduzir a resistência ao tratamento. Na verdade, essa prática permite que o “cérebro se acostume” com a presença da máscara no rosto, o que pode diminuir a sensação de claustrofobia e o desconforto inicial.⁷

4 - Mantenha a máscara de CPAP devidamente higienizada

A limpeza da máscara de CPAP deve fazer parte da rotina diária de quem deseja garantir a máxima eficácia no tratamento da apneia do sono. Essa prática contribui para evitar o acúmulo de microrganismos imperceptíveis e protege o silicone da máscara contra os danos causados pela oleosidade natural da pele (que pode, inclusive, reduzir a durabilidade da máscara e comprometer a sua vedação contra o rosto). Sempre é bom lembrar que a máscara com boa vedação impede vazamentos e favorece o desempenho da terapia. Por isso, é essencial realizar a higienização da forma correta e com a frequência adequada.^8;9

#DicaResmed: acesse este conteúdo do nosso Blog e veja o passo a passo de como higienizar a sua máscara de CPAP de forma correta - “Máscara para CPAP: passo a passo de como higienizar”.

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