A sonolência é uma experiência comum, muitas vezes subestimada como um simples reflexo do cansaço ou da privação de sono. No entanto, seu impacto é amplo e significativo, afetando diretamente o desempenho humano, a segurança, a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida. Em um posicionamento recente, a American Academy of Sleep Medicine (AASM) reconheceu formalmente a sonolência como um evento crítico relatado pelo paciente, destacando que sua relevância clínica é fundamental tanto para a saúde pública quanto individual.
A sonolência excessiva é definida como a incapacidade de permanecer acordado e alerta durante os principais períodos de vigília do dia (International Classification of Sleep Disorders – 3ª ed.). Ela se manifesta por uma necessidade irresistível de dormir ou por episódios involuntários de sono. É importante diferenciá-la da fadiga, que está mais relacionada à exaustão física. Em crianças, a sonolência pode se apresentar de forma atípica, como desatenção, labilidade emocional, hiperatividade ou queda no rendimento escolar.
Além de comprometer funções cognitivas e comportamentais, a sonolência diurna está associada a um maior risco de erros humanos e acidentes. Mais do que uma consequência, ela é um sintoma central em diversos distúrbios do sono-vigília, como narcolepsia e hipersonia idiopática. Também se manifesta na apneia obstrutiva do sono, insônia crônica e desalinhamento circadiano (como no distúrbio do sono por trabalho em turnos). E pode estar presente em condições médicas e psiquiátricas, incluindo hipotireoidismo, doença de Parkinson e depressão.
Especificamente, à medida que avançamos na compreensão dos distúrbios do sono, fica cada vez mais claro que a sonolência não é meramente um sintoma a ser suprimido, mas sim um valioso indicador terapêutico cuja resolução sinaliza a efetividade do tratamento instituído. Para avaliação da sonolência os profissionais de saúde dispõem de ferramentas validadas, como o Teste de Latência Múltipla do Sono (TLMS), o Teste de Manutenção da Vigília (TMV) e escalas de autorrelato, como a Escala de Sonolência de Epworth (ESE).
De modo geral, o manejo adequado da sonolência exige uma abordagem multifatorial, que vai além da simples prescrição de estimulantes. Intervenções comportamentais, ajuste de higiene do sono e tratamento das condições subjacentes compõem estratégias essenciais para restaurar o estado de alerta fisiológico. Neste contexto, o papel do profissional de saúde se expande para incluir a educação do paciente sobre os riscos da sonolência não tratada e a importância da adesão terapêutica. Essa abordagem integrada encontra respaldo nas diretrizes mais recentes, já que a AASM reforça em seu posicionamento sobre o tema a necessidade de intervenções direcionadas à sonolência como elemento essencial para a saúde dos pacientes. Além disso, a entidade destaca a urgência de se priorizar a avaliação e o manejo da sonolência no sistema público de saúde, garantindo para os indivíduos não apenas um sono reparador, mas também um estado de alerta adequado durante o dia.
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A ResMed é líder global em tecnologia do sono. Nosso objetivo é fornecer às pessoas os meios para despertar o seu melhor e desfrutar de uma vida mais saudável, promovendo bons hábitos de sono e conscientizando sobre os distúrbios do sono, como a apneia do sono.
Heffron TM, Gurubhagavatula I, Trotti LM, Abbasi-Feinberg F, Abreu AR, Bandyopadhyay A, Kapur VK, Kuhlmann D, Martin JL, Olson EJ, Patil SP, Shelgikar AV, Wickwire EM, Rowley JA. Clinical significance of sleepiness: an American Academy of Sleep Medicine position statement. J Clin Sleep Med. 2025 Apr 14. doi: 10.5664/jcsm.11658.
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