Equipamento pressórico binível para ventilação não-invasiva, indicado para pacientes acima de 13 kg em ambientes hospitalares e domiciliares. Possui controles intuitivos e recursos automáticos. O modo iVAPS é indicado para pacientes acima de 30 kg.
O AirCurve 10 ST-A trabalha com a faixa de pressão operacional de 3-30 cmH₂Onos modos S, T, ST, PAC e iVAPS e 4–20 cm H2O em modo CPAP. Além disso, permite a adição de oxigênio suplementar com o fluxo máximo recomendado de 15 l/min nos modos CPAP, S, T, ST e PAC, e 4 l/min no modo iVAPS.
Inclui o conjunto de tecnologias Intelligent Air que permite personalizar a terapia com pressão positiva de acordo com as necessidades especificas de cada paciente.


Pacientes com hipoventilação apresentam diferentes afecções e necessidades terapêuticas, muitas vezes exigindo medidas suplementares de conforto para garantir a adesão ao tratamento pressórico a longo prazo. O AirCurve 10 ST-A é indicado para pacientes que apresentam demanda ventilatória em condições como doença neuromuscular, hipoventilação da obesidade, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ou síndrome de overlap (DPOC associada à apneia obstrutiva do sono).
Silencioso e confortável, o equipamento oferece terapia pressórica binível com funcionalidades que permitem máximo controle clínico e tratamento direcionado às necessidades exclusivas de cada paciente.
Em pacientes com distúrbios ventilatórios por doenças neuromusculares a seleção adequada de configurações da ventilação não-invasiva é fundamental para o sucesso da terapia pressórica.3 No equipamento AirCurve 10 ST-A a tecnologia iVAPS (apenas para pacientes com mais de 30 kg) estabelece metas apropriadas de suporte pressórico para suprir as necessidades específicas de ventilação alveolar individual. A frequência de apoio inteligente (iBR) proporciona a oportunidade máxima de disparo do ventilador pelo paciente. A frequência de backup pode também ser ajustada para equilibrar o repouso da musculatura respiratória com a ventilação adequada. O Vsync fornece excelente sincronia paciente-ventilador, mesmo na presença de vazamento significativo. Além disso o sistema TiControl™ permite a configuração de limites mínimo e máximo do tempo inspiratório ideal do paciente, encorajando a respiração espontânea (que poderá, inclusive, ser otimizada com o ajuste adicional de sensibilidade de disparo e ciclagem pela tecnologia Trigger).
Na síndrome da hipoventilação da obesidade (SHO) a pressão de suporte oferecida pelo AirCurve 10 ST-A possibilita o aumento do volume inspirado, reduz a carga respiratória e, consequentemente, oferece uma melhor troca gasosa. Como aproximadamente 90% dos pacientes com SHO também apresentam apneia obstrutiva do sono (AOS) a tecnologia AutoEPAP possibilita a manutenção da patência da via aérea superior destes pacientes durante o sono. E pacientes com SHO também podem se beneficiar da tecnologia iVAPS, garantindo a ventilação por minuto e a redução da PaCO2 de forma mais eficaz.4
Na DPOC o uso de suporte ventilatório binível tem demostrado melhora da função pulmonar, da qualidade de vida, da gasometria arterial e até mesmo melhora de desfechos críticos para a saúde.5
Na situação de overlap (DPOC e AOS concomitante), além dos benefícios da ventilação binível para estes pacientes, o AutoEPAP ajusta automaticamente a pressão expiratória em resposta a obstruções parciais ou completas da via aérea superior durante o sono. Esta tecnologia principalmente atua para prevenir a ocorrência de eventos respiratórios obstrutivos ao longo da noite.5


Guia do Usuário do AirCurve ST-A
Como garantir o suporte pressórico para o paciente em caso de vazamento não-intencional durante o uso do AirCurve 10 ST-A?
No AirCurve 10 ST-A a tecnologia Vsync verifica continuamente se há vazamentos usando uma janela de 10 segundos, o que garante a precisão e limita o impacto das variações de fluxo a cada respiração. Quando o Vsync detecta uma alteração no fluxo por vazamento, a janela de varredura é rapidamente reduzida para dois segundos. O Vsync entra na fase de ressincronização e aumenta o fluxo basal, mantendo o disparo e o ciclo alinhados ao padrão respiratório do paciente. Quando a sincronia paciente-dispositivo é restaurada, ele retorna à janela padrão de 10 segundos.
Como o AirCurve 10 ST-A vai manter o conforto respiratório de pacientes com diferentes mecânicas pulmonares?
O ajuste da taxa de fluxo em que ocorre a transição da IPAP para a EPAP com a função Tempo de subida (Rise Time) possibilita conforto respiratório para o paciente, respeitando as diversidades de mecânica pulmonar de acordo com afecções de cada indivíduo. Por exemplo, pacientes com doenças pulmonares obstrutivas podem preferir um tempo de subida mais curto para encher seus pulmões mais rapidamente (potencialmente deixando mais tempo para uma expiração mais prolongada, para reduzir aprisionamento aéreo).
Como evitar assincronia paciente-ventilador com o AirCurve 10 ST-A?
Os modos de ventilação binível do AirCurve 10 ST-A incluem um número de ajustes secundários que podem ser utilizados para refinar a terapia pressórica, evitando assincronia paciente-ventilador. Dentro destes ajustes destacamos os algoritmos TiControlTM (para ajustes de Ti Min e Ti Max) e VSync, que juntos garantem a sincronização da ventilação mesmo na presença de vazamento de ar pela boca ou máscara. O Ti Max permite determinar um tempo inspiratório máximo para reduzir o risco de PEEP (pressão positiva no final da expiração) intrínseca e perda de esforço inspiratório do paciente. Já o Ti Min pode ser usado para determinar um tempo inspiratório mínimo para garantir tempo adequado para troca gasosa sem necessitar incrementar a pressão de tratamento. Por sua vez, o VSync ajudará a manter a pressão terapêutica confiável e a sincronia paciente-ventilador na presença de vazamentos não intencionais.
Como funcionam as sensibilidades de disparo e ciclagem no AirCurve 10 ST-A?
A sensibilidade ajustável de acionamento ou disparo (trigger) e de ciclagem podem ser utilizados para otimizar a sincronia paciente-ventilador. O dispositivo é disparado (inicia a IPAP) e cicla (inicia a EPAP) conforme identifica mudanças no fluxo respiratório do paciente. Com um ajuste de sensibilidade mais alto, pequenas mudanças neste fluxo tornam mais fácil para o paciente disparar e ciclar o dispositivo. Ajustar a sensibilidade de ciclagem para valores mais altos pode reduzir o tempo inspiratório e prolongar o tempo expiratório, favorecendo pacientes com tendência à PEEP intrínseca. Já uma sensibilidade de ciclagem menor, associada a um tempo inspiratório mínimo adequado, assegura que pacientes com esforço inspiratório reduzido disponham de tempo suficiente para a troca gasosa.
Como funcionam os limiares de sensibilidade (trigger) do AirCurve ST-A?
Os limiares de sensibilidade baixo (10 L/min) e muito baixo (15 L/min) são recomendados para situações envolvendo auto disparo (acionamento antes de o paciente apresentar esforço inspiratório). O limiar médio (6 L/min) é o ajuste padrão (default), considerado ideal e recomendado para a maioria dos pacientes. Já os limiares alto (4 L/min) e muito alto (2,4 L/min) são recomendados para pacientes com esforço inspiratório fraco, como por exemplo em doenças neuromusculares.
Como funcionam os limiares de sensibilidade (trigger) do AirCurve ST-A?
Os limiares de sensibilidade baixo (10 L/min) e muito baixo (15 L/min) são recomendados para situações envolvendo auto disparo (acionamento antes de o paciente apresentar esforço inspiratório). O limiar médio (6 L/min) é o ajuste padrão (default), considerado ideal e recomendado para a maioria dos pacientes. Já os limiares alto (4 L/min) e muito alto (2,4 L/min) são recomendados para pacientes com esforço inspiratório fraco, como por exemplo em doenças neuromusculares.
Como funcionam limiares de sensibilidade do AirCurve ST-A?
Os limiares de sensibilidade alto (35% do pico de fluxo inspiratório) ou muito alto (50% do pico de fluxo inspiratório) são recomendado em situações em que um tempo inspiratório mais curto é desejável (por exemplo na DPOC, quando um tempo inspiratório reduzido é essencial para preservar um tempo expiratório adequado). O limiar médio (25% do pico de fluxo inspiratório) é o ajuste padrão (default), considerado ideal e recomendado para a maioria dos pacientes. Já os limiares baixo (15% do pico de fluxo inspiratório) ou muito baixo (8% do pico de fluxo inspiratório) são recomendados em situações em que um tempo inspiratório mais longo é desejável, por exemplo nas doenças neuromusculares ou outras situações em que há fraqueza no esforço inspiratório.
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